Dando continuidade, será abordado como morreram os apóstolos e quem eram os nicolaítas.
O primeiro
mártir foi Estêvão (Atos 7), passando pela perseguição da igreja primitiva
pelos religiosos judeus (Atos 8), a morte de Tiago (irmão de João, a mando de
Herodes); Atos 12:2.
A morte dos
demais apóstolos:
Tomé: pregou aos
pártios, medos e persas, como também aos carmânios, hircânios, báctrios e
mágios. Padeceu em Calamina, uma cidade da Índia, morto por uma flechada.
Simão (irmão de
Judas e de Tiago): foi bispo de Jerusalém, depois de Tiago e foi crucificado
numa cidade do Egito no tempo do imperador Trajano.
Simão (zelote):
pregou na Mauritânia, África e na Bretanha; também foi crucificado.
Marcos, o
evangelista e primeiro bispo de Alexandria, pregou o Evangelho no Egito e lá,
foi amarrado e arrastado à fogueira. Foi queimado e depois sepultado.
Bartolomeu:
pregou aos indianos e traduziu o Evangelho de Mateus na língua deles. Após
várias perseguições, foi abatido a bordoadas e depois crucificado em
Albinópolis, cidade da grande Armênia. Após ser esfolado, foi decapitado.
André (irmão do
apóstolo Pedro): pregou no ano 80 A.D. aos cítios, sógdios,aos sacas e numa
cidade chamada Sebastópolis, atualmente habitada pelos etíopes. Foi sepultado em Patras, cidade de Acaia,
depois de crucificado por Egéias.
Mateus, o
publicano: escreveu o Evangelho que leva o seu à nação judia na língua
hebraica. Pregou na Etiópia e todo o
Egito. Hircano, o rei dos egípcios, mandou alguém transpassá-lo com uma lança.
Filipe, o santo
apóstolo: pregou o Evangelho nas nações bárbaras. Padeceu em Hierápolis, cidade
da Frígia, onde crucificado e apedrejado até a morte.
Tiago, o irmão
do Senhor Jesus: foi lançado do pináculo do templo pelos fariseus, mas não
morreu com a queda. Apedrejaram-no e, por fim, foi golpeado na cabeça.
Pedro:
crucificado de cabeça para baixo. Ordem do imperador Nero.
Paulo:
decapitado por ordem de Nero.
Recomendo a
Leitura do Livro dos Mártires de John Foxe.
Porém, o Senhor
repreende a igreja dizendo que tinha perdido o primeiro amor. O que é este
primeiro amor?
Está escrito:
“Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é o cabeça,
Cristo.” (Efésios 4:15).
O primeiro amor
é aquele momento onde tudo é novidade em nossa vida, na qual trabalhamos para
Deus sem medir esforços, e quanto mais somos salvos, mais queremos falar do
grande Amor de Deus, que é Jesus Cristo. É ter o prazer e a alegria de estar no
templo buscando Sua presença maravilhosa, louvando, aprendendo na Palavra e não
suportando os falsos líderes, falsos apóstolos e falsos profetas.
Era de bom grado
e prazer de agradar a Deus e nada era pesado; se fosse advertido, glorificava
ao Pai.
Três ações Jesus
manda o povo fazer: lembrar, arrepender-se e voltar.
Lembrar
significa que houve uma causa da decadência espiritual.
Arrepender é
pedir perdão a Deus e mudar.
Voltar a
praticar significa ter as ações de início: obediência à Palavra de Deus, jejum,
oração, congregar, evangelizar, buscar a presença de Deus.
Caso não se
arrependa, será tirado o candelabro (a presença de Deus, seu lugar de igreja de
Cristo).
Jesus diz que a
igreja de Éfeso odeia a obra dos nicolaítas. Quem eram eles?
Historiadores
como Irineu, Teodoreto, Clemente de Alexandria e Hipólito, afirmaram que os
nicolaítas eram seguidores de Nicolau, prosélito de Antioquia, foi separado
para o diaconato, como está escrito em Atos (6:5). Entretanto, de acordo com os
historiadores, o diácono se desviou pervertendo-se e criando tal heresia.
Contudo, não há fundamento bíblico e nem histórico sobre tal tese.
O sentido
etimológico da palavra Nicolau vem do grego “Nikolaos” (“Nikao” = conquistar;
“laita”= derivação de “laikos”, que vem de “aos”, cujo significado é povo,
plebe); logo, nicolaítas tem o seguinte significado: vitorioso sobre o povo.
Os nicolaítas se
denominavam apóstolos, ensinavam doutrinas que não estavam de acordo com o que
foi escrito e ensinado pelas testemunhas oculares de Jesus e pelo apóstolo
Paulo nas suas cartas.
A Bíblia oferece
os meios e requisitos para quem almeja o episcopado ou diaconato (I Timóteo 3:1-4):
ser irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável,
hospitaleiro, apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento,
mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro. Ele deve governar bem a sua
própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda dignidade.
A Igreja de
Éfeso teve como seu primeiro pastor o apóstolo Paulo. Ele sabia o que iria
acontecer se mensagem a esta igreja: “Cuidem de vocês mesmos e de todo rebanho
sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja
de Deus, que ele comprou com seu próprio sangue. Sei que, depois da minha
partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E
dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair
discípulos.” (Atos 20: 28- 30).
A igreja de
Éfeso foi bem doutrinada pelo apóstolo, na qual alertou sobre lobos
(nicolaítas) que iriam distorcer a verdade da Palavra de Deus para pregar
mentiras e atrair discípulos e tornar-se um líder. Um exemplo de nicolaíta é Diótrefes, que
buscava o primado da igreja, ou seja, queria ser autoridade maior (III João 1:
9-10). Jesus não quer apenas que nos afastemos da doutrina dos nicolaítas; ele
quer que odiemos tais práticas.
Aquilo que não
está na Palavra de Deus, aquilo que não cultua a Jesus, “pastores” que colocam
sua imagem frente à igreja em vez do nome de Jesus, “pastores” que querem ter o
domínio sobre a igreja como o primaz....Esses são os nicolaítas.
Provavelmente, o
anjo na qual a carta foi remetida era Timóteo discípulo de Paulo. Historicamente,
Éfeso representa a igreja apostólica do ano 30 D.C ao ano 100 D.C.