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domingo, 27 de agosto de 2017

Segunda Parte da Carta à Igreja de Éfeso




Dando continuidade, será abordado como morreram  os apóstolos e quem eram os nicolaítas.
O primeiro mártir foi Estêvão (Atos 7), passando pela perseguição da igreja primitiva pelos religiosos judeus (Atos 8), a morte de Tiago (irmão de João, a mando de Herodes); Atos 12:2.
A morte dos demais apóstolos:
Tomé: pregou aos pártios, medos e persas, como também aos carmânios, hircânios, báctrios e mágios. Padeceu em Calamina, uma cidade da Índia, morto por uma flechada.
Simão (irmão de Judas e de Tiago): foi bispo de Jerusalém, depois de Tiago e foi crucificado numa cidade do Egito no tempo do imperador Trajano.
Simão (zelote): pregou na Mauritânia, África e na Bretanha; também foi crucificado.
Marcos, o evangelista e primeiro bispo de Alexandria, pregou o Evangelho no Egito e lá, foi amarrado e arrastado à fogueira. Foi queimado e depois sepultado.
Bartolomeu: pregou aos indianos e traduziu o Evangelho de Mateus na língua deles. Após várias perseguições, foi abatido a bordoadas e depois crucificado em Albinópolis, cidade da grande Armênia. Após ser esfolado, foi decapitado.
André (irmão do apóstolo Pedro): pregou no ano 80 A.D. aos cítios, sógdios,aos sacas e numa cidade chamada Sebastópolis, atualmente habitada pelos etíopes.  Foi sepultado em Patras, cidade de Acaia, depois de crucificado por Egéias.
Mateus, o publicano: escreveu o Evangelho que leva o seu à nação judia na língua hebraica.  Pregou na Etiópia e todo o Egito. Hircano, o rei dos egípcios, mandou alguém transpassá-lo com uma lança.
Filipe, o santo apóstolo: pregou o Evangelho nas nações bárbaras. Padeceu em Hierápolis, cidade da Frígia, onde crucificado e apedrejado até a morte.
Tiago, o irmão do Senhor Jesus: foi lançado do pináculo do templo pelos fariseus, mas não morreu com a queda. Apedrejaram-no e, por fim, foi golpeado na cabeça.
Pedro: crucificado de cabeça para baixo. Ordem do imperador Nero.
Paulo: decapitado por ordem de Nero.
Recomendo a Leitura do Livro dos Mártires de John Foxe.
Porém, o Senhor repreende a igreja dizendo que tinha perdido o primeiro amor. O que é este primeiro amor?
Está escrito: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo.” (Efésios 4:15).
O primeiro amor é aquele momento onde tudo é novidade em nossa vida, na qual trabalhamos para Deus sem medir esforços, e quanto mais somos salvos, mais queremos falar do grande Amor de Deus, que é Jesus Cristo. É ter o prazer e a alegria de estar no templo buscando Sua presença maravilhosa, louvando, aprendendo na Palavra e não suportando os falsos líderes, falsos apóstolos e falsos profetas.
Era de bom grado e prazer de agradar a Deus e nada era pesado; se fosse advertido, glorificava ao Pai.
Três ações Jesus manda o povo fazer: lembrar, arrepender-se e voltar.
Lembrar significa que houve uma causa da decadência espiritual.
Arrepender é pedir perdão a Deus e mudar.
Voltar a praticar significa ter as ações de início: obediência à Palavra de Deus, jejum, oração, congregar, evangelizar, buscar a presença de Deus.
Caso não se arrependa, será tirado o candelabro (a presença de Deus, seu lugar de igreja de Cristo).
Jesus diz que a igreja de Éfeso odeia a obra dos nicolaítas. Quem eram eles?
Historiadores como Irineu, Teodoreto, Clemente de Alexandria e Hipólito, afirmaram que os nicolaítas eram seguidores de Nicolau, prosélito de Antioquia, foi separado para o diaconato, como está escrito em Atos (6:5). Entretanto, de acordo com os historiadores, o diácono se desviou pervertendo-se e criando tal heresia. Contudo, não há fundamento bíblico e nem histórico sobre tal tese.
O sentido etimológico da palavra Nicolau vem do grego “Nikolaos” (“Nikao” = conquistar; “laita”= derivação de “laikos”, que vem de “aos”, cujo significado é povo, plebe); logo, nicolaítas tem o seguinte significado: vitorioso sobre o povo.
Os nicolaítas se denominavam apóstolos, ensinavam doutrinas que não estavam de acordo com o que foi escrito e ensinado pelas testemunhas oculares de Jesus e pelo apóstolo Paulo nas suas cartas.
A Bíblia oferece os meios e requisitos para quem almeja o episcopado ou diaconato (I Timóteo 3:1-4): ser irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro, apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro. Ele deve governar bem a sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda dignidade.
A Igreja de Éfeso teve como seu primeiro pastor o apóstolo Paulo. Ele sabia o que iria acontecer se mensagem a esta igreja: “Cuidem de vocês mesmos e de todo rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com seu próprio sangue. Sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair discípulos.” (Atos 20: 28- 30). 
A igreja de Éfeso foi bem doutrinada pelo apóstolo, na qual alertou sobre lobos (nicolaítas) que iriam distorcer a verdade da Palavra de Deus para pregar mentiras e atrair discípulos e tornar-se um líder.  Um exemplo de nicolaíta é Diótrefes, que buscava o primado da igreja, ou seja, queria ser autoridade maior (III João 1: 9-10). Jesus não quer apenas que nos afastemos da doutrina dos nicolaítas; ele quer que odiemos tais práticas.

Aquilo que não está na Palavra de Deus, aquilo que não cultua a Jesus, “pastores” que colocam sua imagem frente à igreja em vez do nome de Jesus, “pastores” que querem ter o domínio sobre a igreja como o primaz....Esses são os nicolaítas.
Provavelmente, o anjo na qual a carta foi remetida era Timóteo discípulo de Paulo. Historicamente, Éfeso representa a igreja apostólica do ano 30 D.C ao ano 100 D.C.

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